12/01/2007

Véu...Podemos desobedecer o Apóstolo São Paulo?

Por quase 2000 anos, mulheres Católicas se cobriram com o véu antes de adentrarem na Igreja ou em qualquer momento que estivessem na presença do Santíssimo. Está escrito no Código de Direito Canônico de 1917: Canon 1262, que as mulheres devem cobrir suas cabeças--"especialmente quando se aproximam do altar sagrado.

"Mulieres autem, capite cooperto et modest vestitae, maxime cum ad mesnam Domincam accedunt".

Mas Durante o Concílio Vaticano II, Bugnini (o mesmo Maçon que designou a Missa do Novo Ordo), quando indagado por jornalistas se as mulheres deveriam continuar a cobrir suas cabeças, sua resposta talvez bastante "inocente", foi de que este tópico não estava em discussão. Os jornalistas (como eles costumam fazer o que querem com o ensino da Igreja) tomaram esta resposta como "não", e imprimiram esta incorrecta informação pelo mundo a fora. A partir daí, as mulheres do "mundo do Novo Ordo" perderam a Tradição.

Após tantos anos de repúdio e/ou indiferença ao véu por parte das mulheres e num contexto geral o Vaticano (como é de costume após o CVII), não querendo confrontar e/ou decepcionar as feministas, simplesmente fingem que o problema não existe. Quando o Código de Direito Canônico de1983 foi produzido, a questão do véu simplesmente não foi mencionada (não foi abolida, simplesmente não mencionada). De qualquer forma, Canons 20-21 do Código de Direito Canônico 1983 deixa claro que a nova Lei Canônica só abole a Velha Lei Canônica quando eles escreverem explicitamente isto, e que em caso de dúvidas, a Lei Antiga não deve ser revogada, pelo contrario:

Canon 20 A later law abrogates, or derogates from, an earlier law if it states so expressly, is directly contrary to it, or completely reorders the entire matter of the earlier law. A universal law, however, in no way derogates from a particular or special law unless the law expressly provides otherwise.

Canon 21 In a case of doubt, the revocation of a pre-existing law is not presumed, but later laws must be related to the earlier ones and, insofar as possible, must be harmonized with them.
http://www.vatican.va/archive/ENG1104/__P3.HTM

Canon 27 e 28 adiciona ao argumento:

Canon 27 Custom is the best interpreter of laws.

Canon 28 Without prejudice to the provisions of can. 5, a custom, whether contrary to or apart from the law, is revoked by a contrary custom or law. But unless the law makes express mention of them, it does not revoke centennial or immemorial customs, nor does a universal law revoke particular customs.
http://www.vatican.va/archive/ENG1104/__P4.HTM

Consequentemente, de acordo com a Lei Canônica e o costume, a mulher continua tendo o dever de cobrir sua cabeça.

O véu cristão é um assunto muito sério, e não somente um que diz respeito a Lei Canônica, mas também o de 2 milénios de Tradição da Igreja --na qual se encontra na Tradição do Velho Testamento e nas advertências do Novo Testamento, aonde São Paulo escreveu:

1. Tornai-vos os meus imitadores, como eu o sou de Cristo. 2. Eu vos felicito, porque em tudo vos lembrais de mim, e guardais as minhas instruções, tais como eu vo-las transmiti. 3. Mas quero que saibais que senhor de todo homem é Cristo, senhor da mulher é o homem, senhor de Cristo é Deus. 4. Todo homem que ora ou profetiza com a cabeça coberta falta ao respeito ao seu senhor. 5. E toda mulher que ora ou profetiza, não tendo coberta a cabeça, falta ao respeito ao seu senhor, porque é como se estivesse rapada. 6. Se uma mulher não se cobre com um véu, então corte o cabelo. Ora, se é vergonhoso para a mulher ter os cabelos cortados ou a cabeça rapada, então que se cubra com um véu. 7. Quanto ao homem, não deve cobrir sua cabeça, porque é imagem e esplendor de Deus; a mulher é o reflexo do homem. (1 Corinthians 11:1-7)

De acordo com São Paulo, as mulheres usam o véu como sinal de Sua Gloria, (não da nossa) deve ser o foco de Adoração, como sinal de submissão á autoridade. É o reconhecimento e um sinal de se ter Deus e o marido (ou pai, de acordo com cada caso) como cabeças, é um sinal de respeito á presença dos Santos Anjos e da Liturgia Divina. Usando o véu, se reflete a ordem invisível divina; e fazem as mesmas visíveis. Isso São Paulo apresenta claramente como uma lei, uma que é a prática de toda Igreja.

Algumas mulheres, influenciadas pelos pensamentos das feministas "cristãs", acreditam que São Paulo estava a falar dos homens de sua época, e que esta prática não mais se aplica nos dias de hoje. Eles usam os mesmos argumentos que os -homosexualistas- usam ao tentarem justificar seus casos, o que é desnecessário dizer ser um absurdo.

Agora, peço aos leitores para relerem atentamente a passagem bíblica sobre o véu e repare bem que São Paulo NUNCA se intimidou em quebrar desnecessários -taboos-. Foi o próprio São Paulo quem enfatizou várias vezes que a circumsição e toda a Lei Mozaica não eram necessárias -- e isto era enquanto ele falava a CristãosHebreus!

Não, a Tradição e lei do uso do véu não é uma questão de São Paulo ser influenciado por sua cultura, o véu é um símbolo que é tão relevante como a batina de um Padre ou um hábito de uma Irmã de Caridade.

Repare também que Paulo não está de maneira alguma praticando a "misoginia" (repulsão mórbida do homem pelas relações sexuais;
horror às mulheres)
aqui. Ele nos assegura que, a mulher foi feita para a glória do homem, assim como o homem foi feito para a glória de Deus. O homem precisa da mulher, e a mulher do homem. Mas existem diferenças no papel de cada um, ambos iguais em dignidade --e tudo para a glória de Deus (e obviamente que devemos tratar um ao outro absolutamente igual na ordem da caridade!).

O véu é também um sinal do reconhecimento das diferentes funções de cada um. O véu é ainda sinal de modéstia e castidade. No tempo do Velho Testamento, descobrir a cabeça da mulher era visto como um jeito de humilhar ou punir adúlteras e mulheres que transgrediam a lei. (Num. 5:12-18, Isaias 3:16-17, Song of Solomon 5:7) A mulher Hebraica não cogitaria nem em sonho adentrar no Templo (ou mais tarde Sinagóga) sem cobrir sua cabeça. Esta prática é simplesmente passada pela Igreja (isso é passado também nas Igrejas "Ordodoxas" e até mesmo na religião Judaíca pós-Templo).

Pensamos agora no que mais era velado/coberto no Antigo Testamento: o Santo Dos Santos!

1. A primeira aliança, na verdade, teve regulamentos rituais e seu santuário terrestre. 2. Consistia numa tenda: a parte anterior encerrava o candelabro e a mesa com os pães da proposição; chamava-se Santo. 3. Atrás do segundo véu achava-se a parte chamada Santo dos Santos. 4. Aí estava o altar de ouro para os perfumes, e a Arca da Aliança coberta de ouro por todos os lados; dentro dela, a urna de ouro contendo o maná, a vara de Aarão que floresceu e as tábuas da aliança; 5. em cima da arca, os querubins da glória estendendo a sombra de suas asas sobre o propiciatório. Mas não é aqui o lugar de falarmos destas coisas pormenorizadamente. 6. Assim sendo, enquanto na primeira parte do tabernáculo entram continuamente os sacerdotes para desempenhar as funções, 7. no segundo entra apenas o sumo sacerdote, somente uma vez ao ano, e ainda levando consigo o sangue para oferecer pelos seus próprios pecados e pelos do povo. 8. Com o que significava o Espírito Santo que o caminho do Santo dos Santos ainda não estava livre, enquanto subsistisse o primeiro tabernáculo. (Hebreus 9:1-8)

A Arca da Antiga Aliança era mantida no velado/coberto Santo dos Santos.

E na missa, o que é velado até a hora do Ofertório?

O Cálice! -- O Vaso aonde o Precioso Sangue de Cristo se encontra!

E entre as Missas, o que é também velado?

O Cibório no Tabernáculo, aonde o Corpo de Cristo se encontra. Esses vasos de vida são velados porque são Santos!

E quem é velada? Quem é toda Santa, Arca da Nova Aliança, e Vaso da Verdadeira Vida?

Nossa Senhora! -- e ao vestirem o véu, imita-se Nossa Senhora e se afirmam como mulheres, como vasos de vida.


Coragem mulheres!!!



Fisheaters
Tradução: Brother Pius [V] T.O.S.D

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