03/02/2010
Padres inventores
Descendo das alturas teológicas e filosóficas para o campo das ciências e das descobertas, os padres ocupam, de novo, o primeiro lugar.
Entre centenas, citemos os mais conhecidos:
Os padres Oton e Ardoíno inventaram o alfabeto.
O padre Rogério Bacon inventou o telescópio.
O padre Zeucchi aperfeiçoou-o, em 1652.
O padre Humberto, o grande, inventou a bússola.
O padre Flávio, de Nápoles, aperfeiçoou-a.
O padre Tiago, de Vitry, aplicou-a à navegação.
O padre Cassiodoro, em 505, inventou o relógio.
O Papa Silvestre II fez o primeiro relógio de rodas.
O padre Pacífico, de Verona, inventou o relógio de bolso.
O padre Welogord, em 1316, fez o primeiro relógio astrológico.
O padre Alexandre Spina, dominicano, no 13º século, inventou o óculos.
O padre Magnon inventou o microscópio.
O padre Embriaco descobriu o hidro-cronômetro e o sismógrafo.
O padre Bertoldo Schwartz inventou a pólvora.
Dom Galeno, bispo de Munster, descobriu as bombas.
São Boaventura a teoria da termodinâmica.
Os padres Lona e Becaria descobriram as leis da eletricidade.
O padre Secchi, jesuíta, descobriu a análise espectral.
O padre Procópio Divisch, em 1759, descobriu o pára-raios, e não Franklin, que fez apenas aplicá-lo à proteção das casas.
O santo padre Beda descobriu as leis das marés.
O padre Gilbert introduziu os algarismos arábicos.
O padre Guido d’Arezzo inventou as notas musicais.
O padre José Joaquim Lucas, brasileiro, inventou o melógrafo, ou modo de escrever as notas e sinais que correspondem à escrita musical.
O padre Alberto, saxonio, imaginou as leis da navegação aérea.
O padre Bartolomeu de Gusmão, em 1720, fez a aplicação destas leis aos aerostatos, 60 anos antes de Mongolfier.
O padre Amaro, monge, foi o desenhador da célebre carta marítima, em 1456, que inclinou Colombo às suas explorações.
O padre Gauthier, em 1753, aproveitando as experiências de Papin, Dickens, Watt, inventou o moderno funcionamento da navegação.
O padre Nollet inventou as máquinas elétricas e descobriu a eletricidade nas nuvens.
O padre Raul, vigário de Sfax, é o verdadeiro inventor do submarino moderno.
Um padre dominicano, italiano, é o inventor das máquinas de compor, ou linotipia.
Os padres jesuítas são os descobridores do gás.
O padre Duen fundou, em 1715, a primeira fábrica de gás.
Foi um padre brasileiro quem inventou a máquina de escrever.
O padre Painton inventou a bicicleta, em 1745.
O padre Barrant, monge, descobriu o freio das locomotivas.
O padre cavalieri, jesuíta, inventou a policromia.
O bispo Regiomontanos, de Ratisbona, descobriu a teoria da imobilidade do sol e do movimento da terra em redor dele (em 1470). Isto é, 10 anos antes do padre Copérnico.
O padre Copérnico, polaco, achou o duplo movimento dos planetas sobre si mesmos e em volta do sol.
Os padres Ponce e Epée, beneditinos, estabeleceram o método da educação dos surdos-mudos, etc., etc…
O padre J. B. de La Salle foi o primeiro a fundar escolas livres.
O padre Fegenece foi o primeiro a praticar a gravura nas vidraças.
O cardeal Mezzofanti foi o maior conhecedor de línguas do século passado.
O bispo Virgílio, de Salzburg, foi o descobridor da existência dos antípodas.
O padre Alberto Magno, dominicano, descobriu o zinco e o Arsênico.
O cardeal Régio Fontana inventou o sistema métrico.
O padre Lucas de Borgo é o inventor da Álgebra.
Fonte: Livro “Ataques Protestantes às verdades católicas”. Autor: Pe. Júlio Maria.
http://www.santotomas.com.br/?p=476#comment-53
O que é a eternidade?
Há uma concepção parcialmente errônea da atual divina eternidade entre aqueles que se contentam em definí-la como uma duração sem começo e sem fim, pensando vagamente a respeito como tempo sem limite, tanto no passado quanto no futuro.
Tal noção de eternidade é inadequada: porque o tempo que não tem começo, -não tem primeiro dia-, sempre será, entretanto, uma sucessão de dias, anos, séculos; uma sucessão abraçando um passado, um presente e um futuro. Isso de forma alguma é eternidade. Nós podemos voltar ao passado e enumerar os séculos sem jamais chegarmos no fim, assim como podemos pensar num tempo vindouro aonde nós imaginamos atos futuros das almas imortais como uma série sem fim. Mesmo se o tempo não tivesse começo, ainda assim nós teríamos tido uma sucessão de momentos variados.
O instante presente, que constitui a realidade do tempo, é um transitório instante entre o passado e o futuro ("nunc fluens", diz-nos São Tomás), um transitório instante como as águas de um rio, ou um aparente movimento do sol, do qual contamos os dias e as horas. O que, então, é o tempo? Como diz-nos Aristóteles, é a medida do movimento, mais especialmente da moção do sol ou da terra em torno do mesmo, a rotação da terra em seu eixo constituindo um dia e, um ano, ao redor do sol. Se a terra e o sol foram criados por Deus desde toda eternidade e o movimento regular da terra ao redor do sol não teve começo, nós não teríamos o primeiro dia ou o primeiro ano, mas teríamos sempre tido uma sucessão de anos e séculos. Tal sucessão teria tido, então, uma duração infinitamente inferior á eternidade; pois teríamos sempre tido a distinção entre passado, presente e futuro. Em outras palavras, multiplique os séculos por milhões e milhões e ainda teremos tempo, sempre; não importa a soma do resultado alcançado, pois ele nunca será eternidade.
Se definirmos, então, a divina eternidade como uma duração sem começo ou fim é inadequado, como definí-la? A resposta da Teologia é de que seja uma duração sem começo ou fim, mas com essa característica muito distinta, que nela não há sucessão de passado e futuro, e sim um eterno presente. Não é um rápido instante como o passar do tempo, mas um instante imóvel que nunca passa, um instante inalterável. É o "agora que fica, não o que flui e desaparece", nos diz Santo Tomás (Ia, q. 10, a. 2, obj. ia), como a manhã perpétua que não possui madrugada e não conhecerá anoitecer. Como devemos compreender esse único instante de uma eternidade imutável? Aonde tempo, essa sucessão de dias e anos, é a medida de um aparente movimento do sol ou a real moção da terra, eternidade é a medida ou duração do ser, do pensamento e do amor de Deus. Esses sim são absolutamentes imutáveis, sem mudanças, variações ou vicissitudes. Como Deus é, por necessidade, a infinita plenitude do ser, não existe nada para Ele ganhar ou perder. Deus nunca pode aumentar ou diminuir em perfeição; Ele é a própria imutável perfeição.
Essa fixação absoluta do ser divino extende necessariamente para Sua sabedoria e arbítrio; qualquer mudança ou progresso na sabedoria ou amor divino acarretaria imperfeição.
A imutabilidade, no entanto, não é uma imutabilidade de inércia ou morte; e sim da vida suprema, possuindo uma vez por todas tudo o que é possível e correto, não tendo assim que adquirí-la ou correr o risco em perdê-la.
(Continuação num vindouro post)
Excerto de Providência, Fr. Garrigou-Lagrange, O.P.