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18/09/2012
11/09/2012
Carta do Padre Bouchacourt e uma resposta a altura
Acréscimo necessário: Falo por mim mesma, não sou marionete de padre, como uns e outros. É uma ação refletida, amadurecida, não acordei hoje pela manhã pensando: "hoje eu vou escrever bobagens no meu blog", como uns e outros. Há meses venho lendo, vendo, observando e... guardando em meu coração. Além de fazer uso da razão que meu Criador me deu quando nasci para compreender que 2+2=4, e para perceber quando a conta não fecha e tirar as minhas próprias conclusões. A todos dei a chance de me convencer de seu "ponto de vista". Contudo, há assuntos que não são meros pontos de vista, mas a diferença entre o Céu e a danação eterna. E se você não sabe a diferença, não pretendo eu gastar latim para lhe convencer de nada. Cuidado com o juízo temerário, o comunicado nos mostra que nem mesmo um reverendo padre e superior de distrito está imune de cair em tentação e lançar acusações levianas e impensadas, em que pese todo o respeito que ele possa merecer.
Ah! Sim, LEIAM o texto todo, vírgula a vírgula, ponto a ponto, antes de subir no púlpito e desparar incongruências. Se tiver que ser apredejada, que haja um mínimo de justiça. De qualquer maneira, pouco me importa a opinião de quem deveria cumprir seu dever e não o faz por uma miríade de razões vazias. Não é a vós que prestarei conta. Nem vós a mim. (Editado às 20:10, do dia 08/09/2012).
Eu resolvi publicar o comunicado de Pe. Bouchacourt, Superior do Distrito da América do Sul, não porque concorde com algo do que ele tenha escrito, mas para registrá-lo na história e no tempo, para que depois não digam que ele não disse o que disse. Porque algumas pessoas têm memória curta! Sobretudo os acordistas, os obedientistas e os imbecis de todos os tipos.
Afinal, se é verdade o que Pe. Bouchacourt diz neste comunicado - de que não houve, nem há, nem haverá acordo -, então é mentira o que está na carta-resposta de Mons. Fellay aos três Bispos ou no documento de conclusão do Capítulo! Sim, porque não pode haver duas Verdades. Ou pode?
E se não há acordo, porque, então, no Priorado de São Paulo (e nos respectivos centros de Missa espalhados pelo Brasil) se gasta tempo e energia explicando aos fieis que o "reconhecimento" (eufemismo para “acordo prático”) é bom, a Prelatura é boa, que a mão estendida do Papa é boa? Foi a mim mesma que o Pe. Maret disse que o acordo (na época se chamava assim mesmo, sem falsos pudores!) era como a pomba que Noé soltou e não voltou: um bom sinal por parte de Roma. Ainda uma vez: não pode haver duas Verdades. Ou pode?
E o que me causa estranheza é que Pe. Bouchacourt, ao que me conste, é responsável pelos padres da FSSPX, não pelas comunidades amigas, cuja responsabilidade era, até onde eu sei, de Mons. de Galarreta. E a pergunta vem urgente e imperiosa: com que autoridade o Pe. Bouchacourt quebra a “colaboração harmoniosa” entre o Mosteiro da Santa Cruz e a FSSPX?
E se não há acordo, porque, então, no Priorado de São Paulo (e nos respectivos centros de Missa espalhados pelo Brasil) se gasta tempo e energia explicando aos fieis que o "reconhecimento" (eufemismo para “acordo prático”) é bom, a Prelatura é boa, que a mão estendida do Papa é boa? Foi a mim mesma que o Pe. Maret disse que o acordo (na época se chamava assim mesmo, sem falsos pudores!) era como a pomba que Noé soltou e não voltou: um bom sinal por parte de Roma. Ainda uma vez: não pode haver duas Verdades. Ou pode?
E o que me causa estranheza é que Pe. Bouchacourt, ao que me conste, é responsável pelos padres da FSSPX, não pelas comunidades amigas, cuja responsabilidade era, até onde eu sei, de Mons. de Galarreta. E a pergunta vem urgente e imperiosa: com que autoridade o Pe. Bouchacourt quebra a “colaboração harmoniosa” entre o Mosteiro da Santa Cruz e a FSSPX?
O Superior do Distrito acusa S.E.R. Mons. Williamson de não respeitar as normas... mas ele, agindo assim, por acaso, as respeita? Parece o sujo falando do mal lavado.
E, em última análise, não seria Mons. Fellay quem poderia repreender um Bispo da FSSPX publicamente? Ou o respeito à autoridade só é dogma em relação à Mons. Fellay? Sim, pois, pelo que me conste, Mons. Williamson continua Bispo da FSSPX e de Romana Igreja. Continua um Príncipe da Igreja. Ou não? E com que autoridade um subordinado chama à ordem, repreende, corrige um superior publicamente, despudoradamente? Essa proibição só vale para Pe. Cardozo, Pe. Chazal e os demais padres que se atreveram a dizer que o rei está nu? Onde está o sim, sim, não, não? Porque agora vige a política dos dois pesos e duas medidas na FSSPX? Desde quando e por ordem de quem? E que "bem" se pretende alcançar com isso?
Aos tontos que se refugiam no obedientismo cego e idiota só tenho a dizer que não me perturbem com suas opiniões baseadas em sua própria estupidez e ignorância. Vão plantar batatas, como diria um bom padre da FSSPX que ainda espero ver tomar a coragem de seguir seu Pai espiritual, o Fundador da FSSPX, naquele sim, sim, não, não que sempre o distinguiu e que eu admirava, e que ultimamente anda calado. Ainda confio em vós, reverendo!
Aos fieis perplexos como eu, mas ainda confusos ou inseguros, aconselho-os a ler os escritos de Mons. Lefebvre, sobretudo oItinerário Espiritual (Pdf em espanhol), o meu preferido. Ou Acuso o Concílio, Golpe de Mestre de Satanás, ou qualquer outro;todos são preciosos e inequívocos. Nada melhor que ir à fonte e não se manter refém das palavras, opiniões e doutrinação alheia, mesmo que venha embalada em uma linda e lustrosa batina. Ou na minha palavra.
E, em última análise, não seria Mons. Fellay quem poderia repreender um Bispo da FSSPX publicamente? Ou o respeito à autoridade só é dogma em relação à Mons. Fellay? Sim, pois, pelo que me conste, Mons. Williamson continua Bispo da FSSPX e de Romana Igreja. Continua um Príncipe da Igreja. Ou não? E com que autoridade um subordinado chama à ordem, repreende, corrige um superior publicamente, despudoradamente? Essa proibição só vale para Pe. Cardozo, Pe. Chazal e os demais padres que se atreveram a dizer que o rei está nu? Onde está o sim, sim, não, não? Porque agora vige a política dos dois pesos e duas medidas na FSSPX? Desde quando e por ordem de quem? E que "bem" se pretende alcançar com isso?
Aos tontos que se refugiam no obedientismo cego e idiota só tenho a dizer que não me perturbem com suas opiniões baseadas em sua própria estupidez e ignorância. Vão plantar batatas, como diria um bom padre da FSSPX que ainda espero ver tomar a coragem de seguir seu Pai espiritual, o Fundador da FSSPX, naquele sim, sim, não, não que sempre o distinguiu e que eu admirava, e que ultimamente anda calado. Ainda confio em vós, reverendo!
Aos fieis perplexos como eu, mas ainda confusos ou inseguros, aconselho-os a ler os escritos de Mons. Lefebvre, sobretudo oItinerário Espiritual (Pdf em espanhol), o meu preferido. Ou Acuso o Concílio, Golpe de Mestre de Satanás, ou qualquer outro;todos são preciosos e inequívocos. Nada melhor que ir à fonte e não se manter refém das palavras, opiniões e doutrinação alheia, mesmo que venha embalada em uma linda e lustrosa batina. Ou na minha palavra.
Seria instrutivo também ler os discursos, conferência e sermões de Mons. Lefebvre, sobretudo os posteriores às excomunhões, que retratam fielmente o pensamento deste Santo homem de Igreja, e não podem ser manipulados segundo os interesses do momento. Lamentavelmente, é preciso garimpá-los na Net, pois - acreditem se quiserem! - a própria FSSPX não os tem, nem os publica nos sites que mantém pelo mundo afora. Certifiquei-me disso pessoalmente! Parecem ter-se tornado tabu, como na ordem salesiana, por exemplo, onde é proibido aos seminaristas e ao padres - pelo menos em minha cidade - aceder à parte da biblioteca que guarda as obras do fundador. Caminhamos nesse sentido? A coisa vai mal, então.
Quem tiver algo de Mons. Lefebvre, guarde com cuidado - e se possível me envie - porque estamos vivendo um verdadeiro "1984", em que a imagem e a vontade do Fundador estão sendo paulatinamente modificadas à imagem e à semelhança do atual Superior. Vejam vocês que, aqui em Campo Grande, o Pe. Maret disse a uma fiel que não se deve seguir o pensamento de outras pessoas apenas porque com elas temos afinidades (eu sei bem a quem se referia), e quando esta fiel, atônita, perguntou-lhe se isso se aplicava a Mons. Lefebvre, o prior de São Paulo respondeu, com sua voz serena, que Mons. Lefebvre não está mais aqui... Ao ouvir isso, eu fiquei boquiaberta, e imediatamente me veio à mente a obra de Orwell ("1984") e a manipulação das mentes. Eu também pensei na comunhão dos santos, no patrimônio intelectual da Igreja, nos doutores da Igreja, nos grandes teólogos... Todos eles não estão mais aqui! A obra deles por acaso deixou de existir? Não devemos "Seguir o pensamento" de São Tomás de Aquino, dos Santos Apóstolos?... E tudo que Nosso Senhor nos legou? A morte apaga tudo? Também me ocorreu sentir pena, afinal um filho que esquece o pai é de lamentar.
E prestem atenção, meus caros leitores, que na Neo-FSSPX, há hoje, de fato, dois discursos: um público e um privado. Nega-se veementemente o acordo, mas aos poucos os fieis estão sendo preparados para que, no momento oportuno, "percebam" que é uma boa ideia. Afinal, quando se quer cozinhar o sapo, não se joga água quente nele, porque fugiria, mas o caldeirão é aquecido bem devagar: quando o sapo perceber, já é tarde demais!
Graças a Deus, não somos sapos, mas dotados de razão. Causa-me espanto que não se use, que não se percebam os dois discursos, que se tome a água envenenada de bom gosto, sem sequer raciocinar por que 2 + 2 ultimamente estão resultando 5.
Aqui vai o comunicado, estranhamente publicado em imagem jpg:
http://www.fsspx.com.br/exe2/wp-content/uploads/2012/09/20120907-1612271.jpg?9d7bd4
Para comentar o comunicado - será que posso? Ou é pecado mortal? - aproveito uns comentários (em azul) exarados em um email enviado há algumas horas a um reverendo sacerdote que me deixou perplexa (será que me responderá, ou o orgulho o cega?):
Deixando de lado as costumeiras ameaças de danação eterna ("ato de grande gravidade cuja responsabilidade os organizadores deverão assumir diante de Deus"), típicas de ditadores, o rev. Pe. Bouchacourt acusa Dom Tomás de enganar as pessoas: "vários fieis foram enganados"...Isso é juízo temerário ou calúnia, pois eu soube com antecedência da vinda de Mons. Williamson, e em momento algum se falou que a viagem havia sido organizada pela FSSPX. Até porque os fieis não são burros e sabem exatamente o que está havendo. E sabem que Mons. Williamson veio por conta própria. Onde o engano, então?
"denuncio com máxima firmeza as acusações indiretas que estão sendo feitas insinuando que a FSSPX queria pactuar com o modernismo e cessar o combate pela defesa da Tradição católica". (Grifos meus)Na verdade, não há "acusações indiretas" nem se "insinua" nada. Tudo é dito às claras e sobre os telhados, com base nas próprias palavras de Mons. Fellay na carta-resposta aos 3 Bispos e no documento de conclusão do Capítulo. (Pe. Bouchacourt não os leu?)
"Essas insinuações são gratuitas, falsas, ofensivas e injuriosas ao nosso Superior Geral e aos membros da FSSPX."Repito: basta ler os documentos acima para constatar que se alguém falseia a verdade aqui não é a "Resistência".
"Se Dom Fellay rejeitou a mão estendida de Roma em 13 de junho, é por razões doutrinárias.
É porque nós rejeitamos o Concílio Vaticano II impregnado de modernismo, que é a causa principal da ruína da Igreja de hoje e porque queremos continuar a dizer isso. É também porque rejeitamos o Novus Ordo Missae, que se afasta da doutrina católica 'no seu conjunto como em detalhes' que nenhum acordo prático foi assinado com Roma." (grifos do original).Não é isto que consta dos documentos citados. Pelo menos não claramente ou expressamente. Ou consta? E onde?
"Esta foi a posição de Dom Lefebvre ontem, esta é a posição de Dom Fellay hoje."Oras, só se eles acham que os fieis são idiotas, pois todos os documentos de Mons. Lefebvre utilizados nos últimos tempos foram os anteriores às excomunhões, e quando o rev. Pe. Cardozo começou a defender o seu Pai, superior e fundador da FSSPX, citando as posições dele de 1988 até sua morte... sabemos bem como a coisa acabou!
Manipulação, chama-se quando alguém usa a verdade segundo sua conveniência. Sim, porque os excertos usados por Mons. Fellay para justificar sua sofreguidão pelo acordo - utilize-se o eufemismo que se queira, mas continua a ser um acordo quando duas partes chegam a um denominador comum - são, sim, verdade e verdadeiros, mas para outra situação e outra época.
E nem se diga, mais uma vez, que hoje os tempos são outros, pois o que mudou? O Papa de hoje é justamente o interlocutor de Mons. Lefebvre naqueles dias. Até onde eu sei, poderia estar expressando sua vontade não a de JPII...E, ainda, o que mudou se a Roma Modernista não se converteu??? Exigência de Mons. Lefebvre para retomar as conversações com Roma!
"O Capítulo de julho passado a confirmou".Onde? Pago um sorvete de pistaches com morangos se alguém me assinalar onde exatamente isso foi confirmado.
"Qualquer outra afirmação não é outra coisa senão manipulação ou mentira". Sic.
Quem manipula e mente, afinal? Pe. Bouchacourt - que diz que não teve, não tem, nem haverá acordo ("Qualquer profecia sobre um futuro acordo prático advém de uma imaginação malsã")? Ou Pe. Maret, que gasta tempo e energia em seus sermões e palestras para convencer as pessoas de que o "reconhecimento" (eufemismo) é bom? Ou, ainda, Mons. Fellay que subscreveu o documento conclusivo do Capítulo? Não pode haver mais do que uma Verdade.
Antes de conhecer a FSSPX, eu acreditava piamente que a obediência ao Papa era absoluta, e ele era infalível. Aprendi que não é bem assim. Mas percebo que está quebra de autoridade afetou negativamente a FSSPX, onde parece reinar o "samba do crioulo doido", pois só vejo confusão e discursos convenientes, beirando o relativismo, o "fins que justificam os meios"... Nada é sim, sim, não, não. A não ser a infalibilidade de Mons. Fellay, mesmo quando ele desobedece à vontade de Mons. Lefebvre:
"Por isso, não deve surpreender-nos que não fomos capazes de nos entender com Roma. Não é possível, desde que Roma não volte à fé no reino de nosso Senhor Jesus Cristo". "Também, quando se nos coloca a questão de saber quando haverá um acordo com Roma minha resposta é simples: quando Roma recoroar Nosso Senhor Jesus Cristo. Nós não podemos estar de acordo com aqueles que tiram a Coroa de Nosso Senhor. No dia em que eles reconhecerem novamente Nosso Senhor Rei dos Povos e das Nações, não é nós que eles se unirão, mas à Igreja Católica na qual nós permanecemos". "Monsenhor Lefebvre: está terminado. Fim das negociações. Quanto mais se reflete mais se rende conta que as intenções de Roma não são boas. A prova: é o que se passou com Dom Augustin e o padre de Blignières. Eles querem tudo reunir no Concílio, nos deixando apenas um pouco da Tradição". "M. de Saventhem pensa que ainda há meio de se entender com Roma. Mas não se trata de pequenas coisas. Para Roma, eles ficam do jeito que estão; não se pode dar a mão com esse tipo de gente. Nós não queremos nos deixar engolir. É uma ilusão Dom Gerard imaginar que um acordo nos daria um imenso apostolado. Sim, mas em um quadro equívoco, ambíguo que nos apodreceria." "É a Fraternidade que é o interlocutor válido junto de Roma. Pertencerá ao Superior Geral de retomar contato com Roma no tempo oportuno." Observando, claro, a exigência da prévia conversão de Roma, porque Mons. Lefebvre fala de "tempo oportuno", não de "causa oportuna" ou "motivo oportuno"... Mais claro do que isso! "Ao papa eu digo: quando a Tradição voltar a Roma, não haverá mais problema." (grifo meu) "A excomunhão? ela não valeria nada pois que eles não procuram o bem da Igreja. Mas excomungar vai lhes fazer bem." Porque pediu-se a retirada das excomunhões, então? E o Te Deum??? Eu prefiro continuar excomungada, como Mons. Lefebvre, de uma Igreja à qual nunca pertenci. "E Ratzinger, no momento deste acordo, se alegraria com a partida dos seminaristas." E quem é Ratzinger se não o Papa Bento XVI? "As conversas, embora bem educadas, nos convenceram que o momento para um acordo ainda não veio." (Houve a conversão?) "Garrone, Innocenti, Ratzinger: é o mesmo espírito para conosco. Fontgombault, Port-Marly, sempre a mesma coisa." Olha o Papa Bento XVI aí de novo... "Eles desejam levar nossas obras para o espírito conciliar. Se tivéssemos aceitado estaríamos mortos! Não teríamos durado um ano." Profético? No mínimo... atual! "Seria preciso viver em contato com os conciliares, ao passo que atualmente nós estamos juntos. Si tivéssemos dito sim teríamos uma divisão no seio da Fraternidade; tudo nos teria dividido." Mais uma vez: profético? No mínimo... atual! "É por isso que salvamos a Fraternidade e a Tradição nos afastandoprudentemente. Fizemos uma tentativa leal; nós nos perguntamos se poderíamos continuar com tal tentativa e estando protegidos: isso seria impossível. Eles não mudaram, senão para pior. " (grifo meu) E ainda uma vez: profético? No mínimo... atual! "As testemunhas da fé, os mártires, tem sempre a escolher entre a fé e a autoridade." Eu escolho a Fé. "Não se pode mais ter confiança neste mundo de Roma. Ela saiu da Igreja, eles saíram da Igreja, eles saem da Igreja. Isso é certo, certo, certo." (grifo original) E quando exatamente Roma voltou à Igreja para que estejamos conversando com eles?
Fonte: Florilégio de textos de Monsenhor Lefebvre – Pelos Dominicanos de Avrillé.
Mais uma vez, ao tolos: não me aborreçam e se não quiserem receber mais meus e-mails, basta me avisar. Não fazem diferença alguma em minha rotina.
Aos de boa vontade e de boa fé: continuo à disposição para dirimir qualquer dúvida.
Giulia d'Amore di Ugento
http://farfalline.blogspot.com.br/2012/09/comunicado-de-pe-bouchacourt.html
Crônica de um gol contra - Pe. Cardozo ao Pe. Bouchacourt
Ainda sobre o Comunicado de Pe. Bouchacourt (FSSPX), a palavra a Pe. Cardozo, em Vitória/ES, no dia da Natividade de Maria Santíssima – 08/09/2012
CRÔNICA DE UM GOL CONTRA
Prometi a mim mesmo não ter trato algum com os sequazes que detêm o poder na seita de Fellay, entre outras coisas por causa daquele "não há pior cego daquele que não quer ver"; a carta de Bouchacourt ao estimado Dom Tomas, Prior do Mosteiro da Santa Cruz, é um claro exemplo disso. Mais uma vez este curita¹, completamente cego, não procura tirar-se a viga do próprio olho e se põe a cavar no olho alheio. A tal carta mostra, no mínimo, o quanto este pobre homem vive em um mundo irreal, e que não leu a carta que seu "guru" escreveu aos três bispos no mês de maio passado, ou não a quer ler... Entre muitos outros exemplos de sua ignorância... culposa? Quiçá não queira inteirar-se dela, ou procure autoconvencer-se de que seu Superior Geral, ao assinar aquela missiva, nos confirma que apoia os princípios de um modernista, como o fato de minimizar os erros do CVII, o líder religioso da outrora FSSPX agora É um modernista, os acordos com a igreja conciliar são apenas uma questão de tempo agora.
Pura hipocrisia é, por outro lado, que este Padre se lembre das indicações dadas pelo Fundador para as questões práticas da Fraternidade, e não "aplique toda sua força" para pelo menos sugerir que sejam cumpridas as indicações vitais e que fazem a sobrevivência da congregação, como as dadas por Mons. Lefebvre, quando dizia, desde 1988 até a sua morte, que não se devia tratar com a Roma modernista; desarranjos estes que nos levaram ao atual estado de coisas, onde até mesmo um simples padre, para agradar a seu chefe, tem o atrevimento de corrigir um bispo ou de se imiscuir na vida de uma congregação independente. Ameaça romper os laços com os monges beneditinos do Brasil, quando já faz 20 anos que se gastam em criticar e a juntar-se aos ataques de um suposto monge² exclaustrado há 20 anos, vivendo por conta própria e em desobediência absoluta à regra beneditina e ao que ele mesmo diz ser seu superior! Historíolas que ele mesmo, como superior deste distrito, tratou de justificar e ocultar com mentiras, e que seus superiores aceitam e fomentam.
Pura hipocrisia é, por outro lado, que este Padre se lembre das indicações dadas pelo Fundador para as questões práticas da Fraternidade, e não "aplique toda sua força" para pelo menos sugerir que sejam cumpridas as indicações vitais e que fazem a sobrevivência da congregação, como as dadas por Mons. Lefebvre, quando dizia, desde 1988 até a sua morte, que não se devia tratar com a Roma modernista; desarranjos estes que nos levaram ao atual estado de coisas, onde até mesmo um simples padre, para agradar a seu chefe, tem o atrevimento de corrigir um bispo ou de se imiscuir na vida de uma congregação independente. Ameaça romper os laços com os monges beneditinos do Brasil, quando já faz 20 anos que se gastam em criticar e a juntar-se aos ataques de um suposto monge² exclaustrado há 20 anos, vivendo por conta própria e em desobediência absoluta à regra beneditina e ao que ele mesmo diz ser seu superior! Historíolas que ele mesmo, como superior deste distrito, tratou de justificar e ocultar com mentiras, e que seus superiores aceitam e fomentam.
Uma boa fiel do Brasil me pediu permissão para publicá-la [a carta do superior do distrito] em seu blog tradicionalista, não porque estivesse de acordo com o que consta nela, mas sim como um testemunho daquilo que em breve será um gol contra, remito-me a ela e a tantas outras que, até mesmo da Europa, têm refutado uma nova “sem razão” deste cego que não quer ver. Deus tenha misericórdia dele.
P. Ernesto J.J. Cardozo
Grifos no original
Tradução: Giulia d'Amore di Ugento
¹ Deixei em espanhol, porque dá uma ideia melhor do que o rev. padre Cardozo quer dizer. Aos curiosos, em português seria: padreco. ² Refere-se a Dom Lourenço Fleichman.
¹ Deixei em espanhol, porque dá uma ideia melhor do que o rev. padre Cardozo quer dizer. Aos curiosos, em português seria: padreco. ² Refere-se a Dom Lourenço Fleichman.
DECLARAÇÃO DE DOM TOMÁS DE AQUINO ao Padre Bouchacourt
Diante do comunicado do Rev. Pe. Bouchacourt, o Mosteiro da Santa Cruz declara que chamou a Sua Ex. Dom Richard Williamson ao Brasil por considerá-lo um digno defensor da fé católica, capaz de confirmar na fé não só os monges de Santa Cruz, mas também as comunidades religiosas e os fiéis que veem com grande apreensão a nefasta política dos acordos práticos com Roma antes que Roma se converta de seus erros liberais e modernistas.
Por que os capuchinhos, os dominicanos e mesmo os beneditinos de Bellaigue tiveram seus candidatos afastados ou ameaçados de afastamento da recepção das ordens, senão por causa de sua oposição à política dos acordos? E isto quando Roma já não queria mais os acordos, ao menos por hora.
É faltar com a verdade calar as verdadeiras razões do que estamos vivendo. Por que a Dom Williamson se pediu que encerrasse seus “Comentários Eleison” senão por causa da doutrina aí exposta? Por que Dom Tissier de Mallerais teve de interromper suas pregações nos USA senão porque ele era contra a política dos acordos? Por que o Pe. Koller foi ameaçado de punição senão porque pregou contra esta mesma política? Por que os Revdos Padres Cardozo, Chazal, Pfeiffer e outros foram ou punidos ou expulsos senão por causa da sua oposição a esta mesma política?
Cuidado, havia advertido Dom de Galarreta há alguns meses:
“Para o bem da Fraternidade... e da Tradição, é necessário fechar bem depressa a ‘caixa de Pandora1,[1] a fim de evitar o descrédito e a demolição da autoridade, das contestações, das discórdias e das divisões, talvez sem retorno.”
E Dom de Galarreta perguntava quais seriam as condições requeridas para uma proposta totalmente aceitável, ou seja, para uma vitória que só pode ser doutrinal, pois neste combate tudo repousa sobre a fé. E ele mesmo respondia remetendo-se aos textos de Dom Lefebvre citados em sua exposição.
Citemos um destes textos:
“Nós não temos a mesma maneira de conceber a reconciliação. O Cardeal Ratzinger a vê no sentido de nos reduzir, de nos conduzir ao Vaticano II. Nós, nós a vemos como um retorno de Roma à Tradição. Nós não nos entendemos. É um diálogo de surdos. Eu não posso falar muito do futuro, pois o meu está atrás de mim. Mas, se eu viver ainda um pouco e supondo que daqui a certo tempo Roma faça um chamado querendo me rever, querendo retomar as conversações, neste momento então serei eu que porei as condições. Eu não aceitarei mais ficar na situação em que nós nos encontramos durante os colóquios.[2] Está terminado.
Eu porei a questão no plano doutrinal: ‘Os senhores estão de acordo com as grandes encíclicas de todos os Papas que vos precederam? Os senhores estão de acordo com Quanta Cura de Pio IX, Immortale Dei e Libertas de Leão XIII, Pascendi de Pio X, Quas Primas de Pio XI, Humani Generis de Pio XII? Os senhores estão em plena comunhão com estes Papas e suas afirmações? Os senhores aceitam ainda o juramento antimodernista? Os senhores são pelo reino social de Nosso Senhor Jesus Cristo?
Se os senhores não aceitam a doutrina de seus predecessores, é inútil falarmos. Enquanto os senhores não aceitarem reformar o Concílio considerando a doutrina destes Papas que vos precederam, não há diálogo possível. É inútil.” (Fideliter, n°66, novembre-décembre 1988, pp. 12-13)
Conclusão. A “caixa de Pandora” não foi realmente fechada, já que a linha traçada por Dom Lefebvre não está sendo seguida.
Mas provavelmente o Rev. Pe. Bouchacourt dirá que, ao contrário, no Capítulo Geral tudo foi acertado. Tudo está em perfeita ordem. Infelizmente esta não é a verdade. O Capítulo Geral manteve o objetivo dos acordos numa base diferente da exposta acima por Sua Exc. Dom Marcel Lefebvre. Leiam os Comentários Eleison de Dom Williamson sobre as seis condições e verão como as resoluções do Capítulo Geral são insuficientes e diferentes das de Dom Lefebvre.
Outros dirão: o que o senhor tem com isso? Tenho, porque a fé é um bem comum da Igreja e eu pertenço à Igreja e tenho, além disso, responsabilidades em relação aos monges de Santa Cruz e aos fiéis que nos manifestam sua confiança.
Mas dirão ainda: a obediência transfere as responsabilidades aos superiores, e obedecendo ninguém se engana. Infelizmente as coisas não são tão simples. Foi assim que a maioria dos Bispos aceitou o Concílio Vaticano II.
Mas dirão ainda: o senhor está contribuindo para dividir a Tradição. Respondo que a união deve se fazer em torno da verdade, ou seja, da fé católica, e as palavras e atitudes de Dom Fellay já não são, infelizmente, as de um discípulo de Dom Lefebvre, que, ele sim, defendeu a verdade sem concessões. Por que silenciar Dom Williamson e Dom Tissier de Mallerais? Leiam a carta dos três bispos a Dom Fellay e a seus assistentes e lá os senhores encontrarão a razão do combate da Tradição e a razão de nossa atitude.
Corção repetia sem cessar que uma falsa noção de caridade e de união fazia estragos profundos na resistência católica. Quando se separa a caridade da verdade, a caridade deixa de ser caridade. Muitos, mesmo entre os seus amigos, o acusavam de faltar com a caridade por causa de seus artigos. Mas a primeira caridade é dizer a verdade. Era Corção que tinha razão, como os fatos o demonstraram. A mesma acusação foi feita contra Dom Lefebvre.
Quanto à união, Corção dizia com humor que a experiência lhe havia ensinado que, contrariamente ao ditado popular: “a união faz a força”, ele havia tristemente constatado que frequentemente a união faz a fraqueza. E por quê? Porque uma união fora da verdade, uma união feita de concessões, uma união que sacrifica a fé é uma fraqueza que “torna fraca a forte gente”. E não foi isto que se passou com o Concílio Vaticano II? Para o bem da união com Paulo VI, muitos bispos acabaram assinando documentos inaceitáveis. A união fez não a força, mas o contrário dela.
Ora, hoje na Tradição querem que nós nos unamos a todo o custo com os que creem que os erros do Concílio não são tão graves assim, que 95% do Concílio é aceitável, que a Liberdade Religiosa de Dignitatis Humanae é muito, muito limitada, que não se deve fazer dos erros do Concílio super-heresias. Mas isto não é verdade. O Concílio foi o maior desastre da história da Igreja desde a sua fundação, como diz Dom Lefebvre no seu livro Do Liberalismo à Apostasia. Se é para construirmos ou nos unirmos nestas bases, eu prefiro me abster e trabalhar para a restauração integral da fé católica como sempre nos aconselhou e exortou Dom Marcel Lefebvre, esperando que a Fraternidade se revigore novamente na fé, como espero que o faça, pois ela tem os meios para isso, já que conta com excelentes Bispos e excelentes sacerdotes.
Quanto à acusação de que eu enganei os fiéis, dando a falsa impressão de que convidei Dom Williamson com todas as permissões de Dom Fellay, posso afirmar que não o escondi a ninguém, desde há muito tempo, nossa oposição à política de Dom Fellay; e, mesmo que o povo brasileiro seja um pouco ingênuo, não creio que o seja tanto quanto pensa o Rev. Pe. Bouchacourt. O contrário é que me parece ser verdade. Quem não sabe que Dom Williamson é malvisto em Menzingen? Porém aqui ele é bem-visto, pois a obediência só é uma virtude se estiver submissa a virtudes maiores, e acima de tudo à fé, à esperança e à caridade. Fazer da obediência uma arma para paralisar a Tradição é repetir o golpe de mestre de Satanás, como disse Dom Lefebvre, que pôs toda a Igreja na desobediência à sua própria Tradição, por obediência. Isto nós não faremos.
Digam o que disserem. Há um problema, e este problema é de fé e ele é grave. Quanto a nós, nossa posição já está tomada. Ela é a de apoio a quem defende a fé como fizeram Dom Lefebvre, Dom Antônio de Castro Mayer, São Pio X e toda a Tradição da Igreja. Se tivermos de sofrer por causa disto, sofreremos, pois Nosso Senhor nos preveniu: “Quem quiser viver piedosamente no Cristo Jesus, sofrerá perseguição” (2 Tim. 3, 12).
Quanto à Fraternidade, nós a consideramos como a obra providencial fundada por um Bispo que levou ao mais alto heroísmo as virtudes mais difíceis, que são aquelas para as quais Deus criou os dons de sabedoria, de inteligência, de conselho, de força, de ciência, de piedade e de temor de Deus. Dom Lefebvre, nós o consideramos como uma luz que brilhou nas trevas do mundo moderno, e a Fraternidade é sua obra e sua herdeira, mas com a condição de ser fiel à graça recebida. Nós rezamos por ela e, se nos opomos à política de Dom Fellay, não é por nenhum desejo hostil contra a Fraternidade, mas por amor a ela e ao próprio Dom Fellay, assim como amamos a Santa Igreja e por amor a ela combatemos o liberalismo e o modernismo de seus inimigos que se instalaram dentro dela. Que Deus abençoe e salve a Fraternidade São Pio X, à qual devo tudo o que recebi de melhor, tanto no que diz respeito à fé como no que diz respeito ao sacerdócio, que recebi das mãos de Sua Ex. Dom Marcel Lefebvre.
ir. Tomás de Aquino
8 de setembro de 2012
Natividade de Nossa Senhora
http://spessantotomas.blogspot.com.br/2012/09/declaracao-de-dom-tomas-de-aquino.html
08/09/2012
HONRA E GLÓRIA A DOM WILLIAMSON
Ir. Tomás de Aquino
3 de setembro, Festa de São Pio X
Neste momento dramático da vida da Santa Igreja, momento em que a Fé se encontra ameaçada gravissimamente, uma voz episcopal se levanta e confirma os fiéis na Fé de seu Batismo. De quem é esta voz senão do Bispo perseguido, caluniado, acusado de rebeldia, etc., etc., etc.? E por que é ele perseguido, caluniado, acusado? Justamente porque defende a Fé e este crime não tem perdão para o mundo moderno.
O mundo moderno aceita tudo, aceita até mesmo a Tradição, contanto que a Tradição aceite o mundo moderno. O mundo moderno é um dissolvente altamente concentrado. Ele aceita tudo o que ele pode dissolver, menos a Fé Católica indissolúvel, menos a Fé integral, menos a íntegra, pura e imaculada Doutrina Católica, e é isto que está em jogo neste momento dramático para a Tradição. Vamos dividir a Fé como propôs Salomão às duas mulheres que disputavam uma criança? A Roma modernista diz: “Sim, dividamos a Fé, façamos uma barganha. Por que não?” Dom Williamson diz: “Não, non possumus!”, e nós com ele: “Non possumus!” Como São Pedro aos fariseus nós dizemos: “Não podemos não pregar em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo! Julgai vós mesmos se é melhor obedecer aos homens do que a Deus”. A criança deve viver, como no julgamento de Salomão. No caso presente não é a criança que deve viver, mas a mãe, Nossa Mãe a Santa Igreja. Dividi-la, dando um pedaço aos modernistas e um pedaço aos tradicionalistas? Jamais!
Por todas estas razões nós dizemos e proclamamos: “Honra e glória a Dom Williamson e a todos os padres que defendem a Fé sem compromisso com os inimigos da Fé católica”. Alguns talvez se escandalizem pelo simples fato de falarmos de inimigos nesta terrível batalha. Se este é o seu caso, caro leitor, lembre-se de que a Igreja aqui na terra é chamada de militante porque ela milita contra três cruéis inimigos, como diz o Catecismo do Concílio de Trento, os quais são o demônio, o mundo e a carne. Lembre-se também da oração: “Pelo sinal da santa Cruz, livrai-nos, Deus Nosso Senhor, de nossos inimigos”. Lembre-se também do que disse São Pio X, que festejamos hoje. Os inimigos da Igreja se encontram atualmente nas veias mesmo da Igreja.
Estes inimigos estão em Roma, infelizmente, esta Roma que quer fazer um acordo com a Tradição, ou seja, a Roma modernista que quer fazer um acordo com a Roma eterna. Para que fim? Mesmo que não saiba qual é a intenção do coração de Bento XVI, não é difícil saber que fim terá tudo isto se este acordo (cujos frutos amargos já se fazem sentir, antes mesmo de concluídos) se realizar. O fruto, que já se está vendo, será o silêncio da Tradição, mas como diz São Gregório Magno: “A Igreja prefere morrer a se calar”. Logo ela, a verdadeira mãe, não se calará, não fará este vergonhoso acordo, mas continuará a falar, pregar e trabalhar pela salvação de seus filhos. É o que estão fazendo padres corajosos, e é o que está fazendo Dom Williamson. Por esta razão dizemos: “Honra e glória a Dom Williamson, sucessor dos apóstolos e confessor da Fé.”
Honra e glória ao Bispo que fez 99 crismas em oito dias e dirigiu sua palavra apostólica 15 vezes a públicos diversos que, somados, representam mais de 300 pessoas, neste vasto Brasil, evangelizado pelos portugueses e agora por um Bispo da outrora “ilha dos santos”.
Nosso mosteiro da Santa Cruz e os fiéis do Rio, Salvador, Vitória, Campo Grande (aonde um atraso nas conexões impediram a ida de Dom Williamson), Maringá e Nova Friburgo agradecem a solicitude de um verdadeiro filho de Dom Lefebvre, fiel aos seus ensinamentos, que veio nos confirmar não só com o sacramento, mas também com sua profunda compreensão da doutrina revelada, dos erros modernos e dos remédios aos males de hoje, entre os quais se destaca com um brilho todo especial o Santo Rosário, que Dom Williamson nos recomenda rezar integralmente todos os dias.
Que a Virgem Santíssima nos obtenha a graça de vigiar e orar para não entrarmos na tentação dos acordos e para vencermos a serpente infernal que quer destruir a Tradição.
Neste momento dramático da vida da Santa Igreja, momento em que a Fé se encontra ameaçada gravissimamente, uma voz episcopal se levanta e confirma os fiéis na Fé de seu Batismo. De quem é esta voz senão do Bispo perseguido, caluniado, acusado de rebeldia, etc., etc., etc.? E por que é ele perseguido, caluniado, acusado? Justamente porque defende a Fé e este crime não tem perdão para o mundo moderno.
O mundo moderno aceita tudo, aceita até mesmo a Tradição, contanto que a Tradição aceite o mundo moderno. O mundo moderno é um dissolvente altamente concentrado. Ele aceita tudo o que ele pode dissolver, menos a Fé Católica indissolúvel, menos a Fé integral, menos a íntegra, pura e imaculada Doutrina Católica, e é isto que está em jogo neste momento dramático para a Tradição. Vamos dividir a Fé como propôs Salomão às duas mulheres que disputavam uma criança? A Roma modernista diz: “Sim, dividamos a Fé, façamos uma barganha. Por que não?” Dom Williamson diz: “Não, non possumus!”, e nós com ele: “Non possumus!” Como São Pedro aos fariseus nós dizemos: “Não podemos não pregar em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo! Julgai vós mesmos se é melhor obedecer aos homens do que a Deus”. A criança deve viver, como no julgamento de Salomão. No caso presente não é a criança que deve viver, mas a mãe, Nossa Mãe a Santa Igreja. Dividi-la, dando um pedaço aos modernistas e um pedaço aos tradicionalistas? Jamais!
Por todas estas razões nós dizemos e proclamamos: “Honra e glória a Dom Williamson e a todos os padres que defendem a Fé sem compromisso com os inimigos da Fé católica”. Alguns talvez se escandalizem pelo simples fato de falarmos de inimigos nesta terrível batalha. Se este é o seu caso, caro leitor, lembre-se de que a Igreja aqui na terra é chamada de militante porque ela milita contra três cruéis inimigos, como diz o Catecismo do Concílio de Trento, os quais são o demônio, o mundo e a carne. Lembre-se também da oração: “Pelo sinal da santa Cruz, livrai-nos, Deus Nosso Senhor, de nossos inimigos”. Lembre-se também do que disse São Pio X, que festejamos hoje. Os inimigos da Igreja se encontram atualmente nas veias mesmo da Igreja.
Estes inimigos estão em Roma, infelizmente, esta Roma que quer fazer um acordo com a Tradição, ou seja, a Roma modernista que quer fazer um acordo com a Roma eterna. Para que fim? Mesmo que não saiba qual é a intenção do coração de Bento XVI, não é difícil saber que fim terá tudo isto se este acordo (cujos frutos amargos já se fazem sentir, antes mesmo de concluídos) se realizar. O fruto, que já se está vendo, será o silêncio da Tradição, mas como diz São Gregório Magno: “A Igreja prefere morrer a se calar”. Logo ela, a verdadeira mãe, não se calará, não fará este vergonhoso acordo, mas continuará a falar, pregar e trabalhar pela salvação de seus filhos. É o que estão fazendo padres corajosos, e é o que está fazendo Dom Williamson. Por esta razão dizemos: “Honra e glória a Dom Williamson, sucessor dos apóstolos e confessor da Fé.”
Honra e glória ao Bispo que fez 99 crismas em oito dias e dirigiu sua palavra apostólica 15 vezes a públicos diversos que, somados, representam mais de 300 pessoas, neste vasto Brasil, evangelizado pelos portugueses e agora por um Bispo da outrora “ilha dos santos”.
Nosso mosteiro da Santa Cruz e os fiéis do Rio, Salvador, Vitória, Campo Grande (aonde um atraso nas conexões impediram a ida de Dom Williamson), Maringá e Nova Friburgo agradecem a solicitude de um verdadeiro filho de Dom Lefebvre, fiel aos seus ensinamentos, que veio nos confirmar não só com o sacramento, mas também com sua profunda compreensão da doutrina revelada, dos erros modernos e dos remédios aos males de hoje, entre os quais se destaca com um brilho todo especial o Santo Rosário, que Dom Williamson nos recomenda rezar integralmente todos os dias.
Que a Virgem Santíssima nos obtenha a graça de vigiar e orar para não entrarmos na tentação dos acordos e para vencermos a serpente infernal que quer destruir a Tradição.