31/07/2007

Fanfarronagem clerical, ou método prático para arrastar mais almas para o inferno

Da missa à farra

Padres deixam a batina depois da pregação e saem para curtir a balada

18/07/2007

http://www.folhape.com.br/folhape/materia.asp?data_edicao=18/07/2007&mat=52400

José Emerson (centro)
não dá ouvido ao que o povo pensa
e cai no passo

Fernando Rodolfo
Especial para a Folha


GARANHUNS - Eles saem para as baladas, dançam, curtem, tomam chope e outras bebidas “quentes”. Eles são jovens e são padres. O comportamento dessa nova geração de sacerdotes está causando polêmica e abrindo grandes discussões no meio da igreja. Quando chega o final de semana, os padres encostam as batinas e dividem o mesmo espaço em bares ou restaurantes com jovens e adolescentes, bebem e se divertem até altas horas da noite sem nenhum tipo de constrangimento.

Uns têm um estilo mais reservado e outros não vêem problemas em passar a noite em festas de rua, onde as atrações são bandas de forró, axé ou pagode. Edson Viana, 33, é um desseshomens de batinaque gosta de sair em companhia de amigos e enfrenta críticas dos fiéis. Pároco da Igreja de São Sebastião, ele encara com naturalidade a situação e chega a se comparar a Jesus Cristo. “Jesus tinha a fama de ser comilão. Jesus também tinha a fama de ser beberrão e muita gente hoje tem prazer em falar dos padres dizendo que os padres são beberrões. Do mesmo jeito se falava de Jesus. Nem ele escapou da língua do povo. De um povo que não faz nada e quer ser santinho. Já ouvi uma senhora dizer: isso aí é padre nada, é um beberrão. Do mesmo jeito era com Jesus”, justifica. Na página que mantém no site de relacionamentos Orkut, o padre confirma o seu gosto pela bebida.

O padre Marcelo Protásio, 36, da Catedral de Santo Antônio, também reza pela mesma cartilha e aceita convites de amigos para sair e se divertir em lugares públicos. Marcelo costuma fazer comemorações na casa paroquial sempre que termina alguma programação festiva na igreja. Nessas festinhas particulares, não falta bebida para dar ânimo ao ambiente. “Todo mundo está convidado para tomar um quentão agora”, disse ao final de uma de suas missas ainda no altar. O tradicional quentão nordestino é uma mistura de gengibre, vinho, cravo e cachaça. Protásio também já promoveu grandes festas na frente da igreja comemorando dia de Santo com bandas de forró e pagode.

O fato de eu beber cerveja não quer dizer que eu vou deixar de ser homem de Deus. Não vejo nada demais em tomar uma cerveja. Existem fatores positivos nisso. Por exemplo, quanto mais próximos das pessoas nós estivermos, mais possibilidades nós teremos de fazer a experiência de Deus na vida delas” alega. “Tem gente que só toma refrigerante, mas tem um comportamento completamente contrário a uma pessoa que diz ter fé em Deus”, completa.

CURTIÇÃO

José Emerson Alves da Silva
, 32, é outro padre que gosta de curtir a vida como qualquer outro jovem. Ele é da paróquia de Jupi, mas vai a festas de rua em toda a região. Sem dar ouvidos ao que o povo pensa, o padre cai no passo. “Em todas as festas da região as pessoas costumam me ver. Nós temos que ter uma presença em todas as camadas da sociedade. Uma cerveja não vai fazer mal a ninguém. O mal está na forma como o sujeito se comporta ao beber”, esclarece. O religioso é natural de Palmeirina e está sendo cotado na cidade para disputar um cargo político no futuro.

Paralelamente ao estilo de vida que cada um segue, eles desenvolvem trabalhos sociais nas comunidades das igrejas, cumprem rigorosamente as atividades eclesiásticas e aconselham fiéis que procuram ajuda nas salas de confissão. Ao mesmo tempo em que os jovens padres adotam esse tipo de comportamento, os sacerdotes de mais idade se dedicam mais para a vida religiosa. Apesar de ser bem mais velho do que os novos padres, Frei Joaquim Machado, 77, não critica o comportamento daqueles que estão começando a vida sacerdotal. Eu mesmo bebo cerveja ou qualquer outro tipo de bebida. O erro está em exagerar na bebida. Agora ir a bar ou restaurante, aí já não é comigo. Eu acho que pode beber quando estiver sozinho”, acredita.

7/18/2007

Bispo também consome bebidas

http://www.folhape.com.br/folhape/materia.asp?data_edicao=18/07/2007&mat=52401


Não é à toa que os jovens sacerdotes freqüentam festas e consomem bebidas alcoólicas. Pelo menos na diocese de Garanhuns, eles têm o aval do bispo dom Irineu Roque Scherer. “Eu também gosto de tomar uma cervejinha”, adianta. De acordo com o líder maior da diocese, não existe problema algum em um padre tomar vinho ou umas cervejinhas porque, segundo ele, o próprio Jesus Cristo foi consumidor de bebida alcoólica. Jesus realmente foi visto como um beberrão, acrescenta. “Ele gostava tanto da bebida que introduziu o vinho na celebração eucarística”, completa.

Dom Irineu garante que a opinião que tem sobre o assunto polêmico tem respaldo na doutrina bíblica. A interpretação que Scherer faz sobre o que a Bíblia ensina é de que o Livro Sagrado “quer que nós sejamos felizes”. Segundo ele, o fato de um padre ou um bispo consumir bebidas alcoólicas depende muito dos costumes de cada região. “Quando fui padre no Sul era normal jogar baralho no fim de tarde. Aqui as pessoas já estranham esse comportamento”, explica. “Que mal faz tomar uma cervejinha depois de três horas de celebração, quando você fica bastante suado ao sair do altar? O mal está na visão crítica das pessoas. Quem olha é que tem o coração sujo”, afirma o bispo.

Ele disse ainda que os fiéis ficavam chateados quando ele não aceitava o convite para ir a alguma festa. “Lá as pessoas ficavam até chateadas quando a gente não ia tomar uma cerveja”, dispara. Com relação à participação dos padres nas festas de rua, o religioso aponta uma justificativa, segundo ele, bíblica: “Jesus foi na casa de Levi e na casa de Zaqueu, que foram pessoas tidas como pecadoras e, além disso, ele freqüentava vários ambientes públicos.

A reportagem procurou ouvir a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) a respeito do assunto polêmico. O secretário geral da regional Nordeste 2, padre José Albérico, disse que a CNBB tem competência apenas para tratar de assuntos que envolvem bispos. Como dom Irineu apóia o comportamento dos padres e disse que também bebe, o representante da entidade declarou que “o bispo fala apenas por ele e isso não quer dizer que a CNBB tenha o mesmo pensamento”. Segundo o padre José Albérico, o assunto precisa ser levado a uma discussão interna e devido a isso evitou aprofundar a discussão. “É preciso fazer uma reunião para ver o que a CNBB delibera. Não posso dar um depoimento isolado a respeito disso”, diz. Segundo ele, as declarações de dom Irineu serão levadas à próxima conferência.



Quanta baixaria! Quanta blasfêmia contra Nosso Senhor Jesus Cristo!!!

Não é possível dizer palavra sobre esses espetáculos horrosos desses padres mundanos! Padres assim clamam a vingança vinda do céu!

E sobre isso escreve Santo Afonso de Ligório:

"É extremamente grave o pecado do padre, porque peca com pleno conhecimento: sabem bem o mal que faz. Ensina Santo Tomás que o pecado dos fiéis é mais grave que o dos infiéis, precisamente porque os fiéis conhecem melhor a verdade; ora, as luzes dum simples fiel são bem inferiores às de um sacerdote. O padre é tão instruído na lei de Deus, que a ensina aos outros: "Porque os lábios do sacerdote hão de guardar a ciência, e é da sua boca que os outros aprenderão a lei". É muito grave o pecado de quem conhece a lei, porque de nenhum modo pode desculpar-se com a ignorância. Pecam os pobres seculares, mas no meio das trevas do mundo, afastados dos sacramentos, pouco instruídos nas coisas espirituais, envolvidos nos negócios do século. Como apenas têm um fraco conhecimento de Deus, não vêem bem o mal que fazem, pecando: "sagittant in obscuro", — arremessam as suas frechas na obscuridade como diz Davi. Os padres ao contrário estão cheios de luz, pois eles mesmo são os luzeiros destinados a alumiar os outros: "Vós sois o luz do mundo". Sem dúvida, devem os padres estar muito instruídos, depois de terem lido tantos livros, ouvido tantos sermões, feito tantas meditações e recebido dos seus superiores tantos avisos! Numa palavra, foi-lhes dado conhecer a fundo os divinos mistérios.

Sabem pois perfeitamente quanto Deus merece ser servido e amado, conhecem a malícia do pecado mortal, que é um inimigo tão contrário a Deus que, se Deus pudesse ser aniquilado, o seria por um só pecado mortal, como ensina S. Bernardo: “O pecado tende a destruir a divina bondade”; e noutro lugar: “O pecado, quanto lhe é possível, aniquila a Deus”. Diz o autor da Obra imperfeita que o pecador, tanto quanto depende da sua vontade, faz morrer Deus”. De fato, ajunta o Pe. Medina, o pecado mortal tanto desonra e desagrada a Deus que, se Deus fosse susceptível de tristeza, o pecado o faria morrer de pura dor. Tudo isso sabe o padre muito bem, e conhece por igual a obrigação em que está, como padre, cumulado de benefícios de Deus, de o servir e amar. Assim, diz S. Gregório, quanto melhor vê a enormidade da injúria que faz a Deus, pecando, mais grave é o seu pecado. (...) Está em paz a Igreja, e não tem paz: está em paz da parte dos pagãos,
em paz do lado dos hereges, mas não por certo da parte dos seus filhos. Os filhos dilaceram as entranhas da sua mãe. Na verdade a Igreja sofreu cruelmente da parte dos tiranos, que pelo martírio lhe arrebataram tantos fiéis; depois sofreu ainda mais cruelmente da parte dos hereges, que com o veneno do erro inficionaram muitos dos seus súditos; mas o seu maior sofrimento, a sua maior perseguição é a que lhe advém dos seus filhos, desses eclesiásticos indignos, que por seus escândalos dilaceram as entranhas maternais!Que vergonha, exclama também S. Pedro Damião, ver escravo da luxúria aquele que devia pregar a castidade! (SELVA - "Da gravidade e castigo dos pecados do padre" - I - Gravidade dos pecados do padre; "Do pecado da incontinência - II - Malícia do pecado de impureza do padre)

E a CNBB? Como fica calada diante de uma frase tão brutal de um bispo, chamando o Exemplar das Virtudes de "beberrão"? Não se pode dizer nada contra os falsos deuses, não se pode falar a verdade de uma seita, mas é tolerável blasfemar o Deus verdadeiro? Não é possível dizer que "todos os deuses dos pagãos são demônios" (Sl 95,5), mas é lícito chamar a Jesus Cristo, "Deus de Deus, Luz da Luz, Deus Verdadeiro de Deus Verdadeiro" de "beberrão"?

Os senhores padres e o Revmo. Bispo esquecem o que dizem os santos contra a bebericagem:

São Jerônimo: "Dum estômago aquecido pelo vinho, levantam-se os vapores impuros da luxúria." - Venter enim mero aestuans despumat in libidinem (Reg. Mon. de Abst.)

São Bernardo: "Desgraçado! Acaso, te equiparas a um animal e pretendes contentar tua alma com beber e comer e com os deleites sensuais?"

São Paulo: "Ora, as obras da carne são estas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Dessas coisas vos previno, como já vos preveni: os que as praticarem não herdarão o Reino de Deus!" (Gl 5, 19-21)

Que Nossa Senhora nos dê sacerdotes santos e zelosos!

Posted by Othon Campos at:
http://salveregina.blogspot.com/2007/07/fanfarronagem-clerical-ou-mtodo-prtico.html