Eu aceitaria acreditar perfeitamente na suposta mudança de Dom Fellay. Tudo que ele teria que fazer é AGRADECER aqueles que o possibilitaram a dizer, hoje, "graças a Deus que não fizemos o acordo"; sim, pois foram eles --com suas rejeições públicas--, que fizeram com que ROMA desistisse do acordo. Eu agradeceria, em especial, a carta dos três bispos para tal desistência neo-Romana.
Seria óbvio e justo, também, que Dom Fellay admitisse publicamente que ELE é quem estava completamente errado, afinal, em toda essa lambança, ele NUNCA admitiu sequer uma falta; jogando a culpa sempre para cima de outrém.
Assumindo sua enorme culpa (ainda que fosse só administrativa) o mesmo deveria de bom agrado entregar a resignação de seu cargo de Superior Geral. Deveria, convidar o bispo (Williamson) e os inúmeros padres que foram expulsos justamente por alertarem-o da armadilha que hoje ele agradece não ter caído. Na verdade não foi ele que não caiu, e sim Roma que desarmou tal armadilha quando viu que a manada de quatro bispos havia diminuido para um. "Talvez", se seu arrependimento fosse realmente genuíno, o mesmo até sairia da vida pública, enclausurando-se num Mosteiro em penitência --como ele fez com vários padres-- pelas inúmeras almas que ele pôs em perigo.
Mas caso Dom Fellay não assuma sua CULPA e tente REPARAR (nessa altura do campeonato, parcialmente) os desastres causados por ele, serei obrigado a pensar que suas palavras são vãs, assim como as de um político que ajusta seu discurso de acordo com o público para qual ele fala. Se tais mazelas não fossem tão CLARAS, eu poderia conceder o benefício da dúvida, mas como não há dúvidas, não posso conceder o benefício.
Lembremos, também, que enquanto Dom Fellay ainda sonhava arrancar uma aprovação do novo papa, o mesmo nada falou sobre os inúmeros escândalos que ele cometeu (i.e JMJ, "quem sou eu para julgar os gays", "não há um Deus Católico", "a igreja é pecadora/Maria é como a igreja, etc....); mas foi só Dom Williamson anunciar, na semana que passou, sobre a intenção de comprar uma casa no Sul de London para refugiar os escaldados padres de sua fraternidade, que ele logo se apressou para agradar a ala mais conservadora atacando o novo papa, pois, no fundo, ele caiu na real de que este papa não estará interessado em suas "habilidades de negociação", logo, nada mais justo que tentar salvar sua cara frente aqueles que o desaprovam.
E mais, tenhamos em mente que uma folha de papel --assinada ou não-- não é o termômetro de uma fraternidade ser ortodoxa. Judas não assinou nenhuma promissória, mas o beijo foi dado, as 30 moedas recebidas, e seu fim foi trágico. Esse é o curso natural de uma traição.
Que os ingênuos possam analisar as AÇÕES, e não as PALAVRAS daqueles que lhes falam, especialmente se seu passado é feito de mentiras, injustas perseguições e tirania.
KYRIE ELEISON
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