Introdução
Seria possível que na Igreja fundada por Cristo, os bispos e os padres de Deus pudessem ensinar o erro? A história da Igreja diz-nos que pelo ano de 325 A.D., quase todos os padres e bispos aderiram e ensinaram a heresia do Arianismo. Começou por um padre chamado Arius, que declarava que embora Cristo fosse como Deus, não era o próprio Deus. O Arianismo insistia que Nosso Senhor era realmente superior ás criaturas , mas inferior á Deus. (Cath.Ency.Vol. Eu, p. 707). Entretanto em 325 A.D., o Concílio de Nicea definiu o ensino da Igreja na Divindade de Cristo como havia sido revelado divinamente pela Escritura e pela Santa Tradição da Igreja. Esta definição indicou que Nosso Senhor era Deus verdadeiro e Homem verdadeiro, Segunda Pessoa "co-igual" da Trindade Santa. Esta verdade infalível da Fé está uniforme até hoje. Tais sólidos ensinos da Igreja são parte do o que é chamado "o Magistério perene" ou Divino. Em sua conversa diante os knights of Colombo em 28 Maio, 1972, Arcebispo Fulton J. Sheen fez os seguintes comentários sobre o Arianismo:
Entretanto, certos padres e bispos realizaram aproximadamente umas doze diferentes reuniões (a que chamavam de "concílios") de 325 a 385A.-D., e eles desenvolveram e promoveram o Arianismo. O Arianismo foi um erro condenado, contudo ensinou-se abertamente tais erros dentro da Igreja por sessenta anos, enquando o Magistério Constante ou Divino manteve que Cristo era Deus e Homem. E foi com a ajuda e a intervenção dos leigos no Concílio de Constantinopla (385 A.D.) que fez a Igreja reafirmar oficialmente a Divindade de Cristo, terminando assim com o Arianismo.
Até a Revolução Francesa (1789), o homem cristão compreendeu e viveu sua vida como estando na dependência completa de Deus. Mas a revolução levantou um grito de independência de Deus, e o homem começou a procurarar maneiras de tornar-se auto-suficiente. Robert Malthus (1766-1834), um notável economista de seu tempo, havia dito que o mundo se tornaria superpopuloso pelos meados do século 18 se o homem não tomasse nenhuma atitude. Ele propôs que os povos deveriam, ou esperar até seus respectivos trinta anos de vida para se casarem, ou usar seu programa chamado "o método do rítmo" (ou a popular "Tabelinha"), que consistia em abster das relações sexuais durante o período fértil da mulher. (Essay on the Principals of Population as it Affects the Future Improvement of Society).
Os chamados "progressistas" e "mentes abertas" aderiram a esta idéia porque tal idéia encaixou-se perfeitamente com suas "progressivas e científicas descobertas", e com desejo moderno da alta suficiência ao invés da confiança em Deus. A criança que sempre foi considerada uma benção, passa a ser considerada um peso, uma carga. E assim se formou a mentalidade contraceptiva.
Margaret Sanger (1883-1960) cultivou, promoveu e pressionou tanto esta mentalidade que, eventualmente, conduziu a mesma até para dentro da própria Igreja Católica para aceitação (isto é, " moral") do controle de natalidade a ser encontrado! Isto ia em oposição ao Magistério Divino, que sempre proibiu esta idéia.
Na virada do século a unidade familiar ainda era forte. Os povos mostraram geralmente pouco interesse nesta moderna noção do controle de nascimento, embora fossem influenciados já pelo falso progresso "da ciência moderna" (juntamente com o genuíno progresso).
O ensino da Igreja através dos séculos, sempre foi de que toda forma de controle de nascimento é errada. Os progressistas rejeitaram este ensino, porque o mesmo não estava de acordo com seus ideais de auto-suficiência e da humanista irreligiosidade - sem falar do horror do sacrifício próprio que a falta do "planeamento familiar" poderia ocasionar. Suas disputas fizeram com que a hierarquia, equivocadamente, mas deliberadamente permitisse que os Teólogos examinassem o método rítimico -embora os pastores eram, ainda, proibido recomendar ou justificar esta prática (Integrity, junho, 1948).
Em 1930, o Papa Pius XI escreveu a Encíclica Casti Connubii, em que declarou que não ser errado, que os casais usem seus direitos conjugais (sexo) durante as épocas estéreis:
Nem esses (casais) são considerados como se agíssem contra à natureza, aqueles que no estado de casado faça uso de seus direitos de maneira apropriada, embora nas razões naturais do tempo ou de determinados defeitos, a nova vida não possa ser levada adiante.
Os progressistas usaram essas palavras como desculpa para justificarem o método rítimico, e apressaram-se em promovê-lo. Então mais tarde, o Papa Pius XII em uma alocução à União Católica Italiana das parteiras em 29 de Outubro, 1951, "deu a permissão" para o uso do rítmo sob determinadas circunstâncias. O Papa pode ter feito este julgamento baseado nas conclusões apresentadas pelos teólogos -mas isto não deixou de ser um erro revolucionário da mesma forma! Ele não tinha o poder de sancionar nenhuma teoria matrimonial que não fosse de acordo com a tradição da Igreja ou da Lei Natural -e tal novidade (método rítimico) era certamente uma!
Em Julho de 1968, o Papa Paulo VI publicou a Encíclica Humanae Vitae (Da Vida Humana), a primeira parte reinteraram o ensino do Magistério Divino que cada ato matrimonial deve permanecer aberto à transmissão da vida. Depois procedeu em anular este princípio permitindo o rítimo, rítimo esse, que impede a transmissão da vida!
Ora, Cristo disse-nos que devemos julgar uma árvore pelos frutos -um princípio por suas conseqüências. Este trabalho procurará provar sem sombras de dúvida que as conseqüências da mentalidade do rítimo são contrárias ao código moral cristão. Conseqüentemente o ritmo se faz definitivamente um erro que está sendo propagado dentro da própria Igreja de Cristo, assim como na época do Arianismo. É um erro que tem de ser corrigido se os católicos quiserem ter suas conciências tranquilas e ver a moralidade tradicional ser reavivada.
Este livro não está sendo escrito para criticar a Igreja -que sempre proibiu solenemente que toda e qualquer forma de controle de nascimento, além de ser a perfeita noiva de Cristo e nossa Santa Mãe Igreja- mas sim a hierarquia em seu comando, que, repentinamente criou/permitiu esta confusão sobre o 'planejamento familiar natural' e o 'controle de nascimento' nas últimas décadas. Desejamos informar aos pastores de almas (sacerdotes de Cristo) sobre determinados fatos a respeito da natureza da mulher, e lembrar á todos que vierem a ler este trabalho, para que confiem em Deus Pai e Seu amor, e de Seu providencial carinho para com Suas crianças. Eu desejo incentivar os casais a invocarem o amor do Espírito Santo, de modo que, possam encontrar soluções divinas para seus problemas, e não o recurso da "falsa ciência" destes tempos rebeldes. Pois a união matrimonial impõe uma grande e bela responsabilidade diante de Deus. Levem ao coração as seguintes palavras, ditas pela própria Virgem Maria á Venerável Maria de Agreda, em Cidade Mística de Deus (A Conceção -página. 556):
A ciência mais valiosa do homem é saber renunciar-se inteiramente nas mãos de seu Criador, afinal, Ele sabe porque nos deu forma e para que fim cada homem é destinado. O único dever do homem é viver em obediência e no amor de seu Senhor. Deus carregar-se-á com a maior solicitude e cuidado daqueles que confiarem N'ele; Ele gerenciará todos nossos casos em todos os eventos desta vida, a fim de derramar bênçãos e benefícios para aqueles que confiarem assim em Sua fidelidade.
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Sra. Jeanne Dvorak
Ver também: http://stdominic3order.blogspot.com/2009/05/planejamento-familiar-e-o-dito-natural.html