13/03/2009

A necessidade da Religião - Parte III


Ninguém pode negar honestamente que a prática de alguma forma de religião praticada pelo homem seja universal. Se alguém estuda aquelas tribos das quais a existência são inexploradas na escuridão da história ou o chamado povo primitivo dos nossos dias, terão que reconhecer o fato de que todos praticam/praticavam religião. Dogmas são encontrados por toda a parte - pelo menos a crença num ser superior ao homem, que se preocupa com o ser humano, com capacidade de ajudar ou puní-lo, e por isso, deve ser adorado, propiciado. Em todo lugar a lei moral existe, sempre proibindo o desrespeito ao deísmo, aos pais e injustiça ao próximo. Em todo lugar, o deísmo (Deus ou deuses) é adorado de acordo com seus ritos.

Consequentemente, a história da religião prova que ela é necessária para a natureza humana e totalmente natural, isso é, que o homem em sua própria natureza é induzido a adorar um Ser Supremo, cuja existência ele reconhece espontaneamente.

A única explicação válida para a universalidade da religião é encontrada no fato que, sem religião, o homem não pode alcançar a satisfação completa das mais altas aspirações de sua natureza. Ele encontra seu intelecto empenhado a descobrir a completa verdade sobre sua origem, natureza, seu fim último e como chegar até ele; ele encontra seu arbítrio procurando o que é bom e verdadeiro; ele encontra até os seus sentidos necessitando satisfação que provém do conhecimento de um Ser Supremo. É somente a religião que pode satisfazer esses desejos do intelecto, do arbítrio e dos sentidos do homem. É a religião que convence o intelecto que o homem vem de Deus e á Ele deve voltar, e isso ensina-lhe os meios de alcançar Deus como fim último; é somente na religião que o arbítrio do homem encontra a bondade e a verdade capaz de satisfazer suas aspirações; é na adoração da religião que a natureza sensível do homem encontra sua maior satisfação.

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